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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sábado de feira na minha cidade

Sábado é um dia louco! Ah, minha cidade... Todo mundo apressado e correndo para um só destino: a feira. E não há exceções. Homens ou mulheres, crianças ou velhos, negros ou brancos. Estão todos naquela muvuca misturados em suor, perfume, fedor, gritos, choros, risadas, fofoca, mau-olhado.
Estão todos lá em meio a palavras obscenas, frutas esmagadas no chão, barulho de vidro quebrando e o grunhir de um porco velho que não desperta mais interesses de compra. Ah minha cidade... E o que direi daquelas senhoras que ficam recostadas nas janelas ou sentadas em cadeiras de balanço no terraço de casa? Estariam elas desocupadas? Não! Claro que não! Ou de certa forma sim! Só há um afazer que possa tirar essas senhoras da condição de desocupadas: fofocar! Observar a vida alheia não é pra qualquer um. Tem que ser crítico, atencioso, irônico, sonso, discreto e criativo. Ah minha cidade...
Em sábado de feira o calor mistura-se ao som da sirene de polícia, as moscas pousam afoitas em pedaços de carne expostos em mesas descobertas. Mulheres reclamam o preço do jerimum, casais brigam por conta da traição aparentemente hipotética, senhoras improvisam um leilão para ver quem fica com a galinha rechonchuda, vendedores comuns mostram-se neologistas. Isso diferencia o povo, diferencia a raça, diferencia o sangue. E aos poucos vou tirando de minha mente o pensamento de que moro em um bairro monótono. Ah minha cidade...
É no sábado que a vida aparece nua e crua. Nas janelas das casas, no meio da rua, na boca do povo.
CONSTHANSA OLIVEIRA

2 comentários:

  1. oi prof........o senhor é um falsinho né? hum... chamei pra minha festa enm foi......aff..........mas blz. Eu aqui morrendo de saudades de todos do EREMPACL,,, vc nem imagina o qt......manda bj pra todos e qualquer dia eu passo aí taa? Amo mt vcs....buá buá

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  2. De: Consthânza (ACADÊMICA DO SALGUEIRO) KKKK

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