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terça-feira, 30 de agosto de 2011

UMA REDAÇÃO NOTA DEZ

Sonho ou realidade

São poucas as pessoas que alimentam a esperança de que tudo vai mudar e a corrupção vai ter fim. Porém a realidade faz esse sentimento se tornar quase que ridículo. Frequentes são os casos de corruptos explícitos nos meios de comunicação; tudo isso ofusca as pessoas de bem e, consequentemente, os nossos votos que são jogados no lixo.
No período da política do café-com-leite, o voto de cabresto era usado por patrões e políticos exploradores; os empregados eram obrigados a votar em quem seus patrões mandassem. Hoje existe a propina que corre solta, as pessoas vendem seus votos por valores em dinheiro, material de construção, e, até mesmo roupas. Entretanto o que essas pessoas não enxergam, ou não querem enxergar, é que muito maior do que aquilo que recebem, é o que lhes é tirado, pois esses políticos sem escrúpulos exercem os seus cargos em benefício próprio, e, com isso, falta investimento em educação, segurança, saúde, enfim no desenvolvimento do país.
Ano passado, esteve em questionamento a Lei da Ficha Limpa, “que previa que candidatos que tivessem condenação criminal a partir da segunda instância e mesmo que não tenha transitado em julgado, ficarão impedidos de obter o registro de candidatura, pois serão considerados inelegíveis”; contudo essa lei não foi adotada.
Há mais “sujeira” em Brasília do que nos presídios, contudo, as pessoas que estão presas não saíram de lá, mas da sociedade miserável e cada vez mais afetada pela corrupção. Se Adão e Eva passassem pelo que passam os brasileiros não comeriam, certamente, o fruto proibido, e se os corruptos vivessem como os mais necessitados com certeza não roubariam.
Sendo assim, fica claro que a regularidade no governo não é só um sonho, mas já se tornou um delírio. É preciso que se cobre e se avalie mais os futuros representantes brasileiros. Para que por meio desse sonho seja mudado o futuro.

Aluna: FRANCILENE MARIA DE SANTANA
3º C
ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO PROF. ARNALDO CARNEIRO LEÃO

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

CONFUSOS

Não, eu não vim aqui para me glorificar, muito menos me mostrar um ser "perfeito". Não acho perfeição uma coisa legal, ser perfeito pra mim é ser como os outros querem.
Chamo-me Julie Anny, para alguns Ju. Agora para o meu professor de português.. ah, são tantos! Tenho traços comuns, olhos escuros, cabelos longos e pretos, aparentemente pintados, contudo não sejam. Magra, estatura média. 15 anos de idade. Ah! Essa idade... Como diria o grande Machado de Assis "Quinze anos! é a idade das primeiras palpitações, a idade dos sonhos, a idade das ilusões amorosas..."
Eu acreditava ser uma menina normal até completar quinze anos de idade, descobri depois dos quinze que poderia ser igual a todos, seguindo rigorosamente as opiniões da vida alheia, ou ter as minhas próprias opiniões. Para mim, ser diferente é ser "eu mesma". Segunda opção então!
Sonhos? Tenho muitos, mas sou uma adolescente, portanto, não se assustem se eu mudar os meus planos daqui a dois anos... Nossa, dois anos! Como o tempo passou rápido, faltam apenas dois anos para eu tomar uma decisão que vai mudar a minha vida, a decisão? Qual a profissão seguir. Pois é, o tempo passa rápido, e ainda assim temos pressa de crescer, você já percebeu como somos apressados? Bom, pretendo continuar sonhando, agindo, e realizando.




Julie Anny 1°B

Sábado de feira na minha cidade

Sábado é um dia louco! Ah, minha cidade... Todo mundo apressado e correndo para um só destino: a feira. E não há exceções. Homens ou mulheres, crianças ou velhos, negros ou brancos. Estão todos naquela muvuca misturados em suor, perfume, fedor, gritos, choros, risadas, fofoca, mau-olhado.
Estão todos lá em meio a palavras obscenas, frutas esmagadas no chão, barulho de vidro quebrando e o grunhir de um porco velho que não desperta mais interesses de compra. Ah minha cidade... E o que direi daquelas senhoras que ficam recostadas nas janelas ou sentadas em cadeiras de balanço no terraço de casa? Estariam elas desocupadas? Não! Claro que não! Ou de certa forma sim! Só há um afazer que possa tirar essas senhoras da condição de desocupadas: fofocar! Observar a vida alheia não é pra qualquer um. Tem que ser crítico, atencioso, irônico, sonso, discreto e criativo. Ah minha cidade...
Em sábado de feira o calor mistura-se ao som da sirene de polícia, as moscas pousam afoitas em pedaços de carne expostos em mesas descobertas. Mulheres reclamam o preço do jerimum, casais brigam por conta da traição aparentemente hipotética, senhoras improvisam um leilão para ver quem fica com a galinha rechonchuda, vendedores comuns mostram-se neologistas. Isso diferencia o povo, diferencia a raça, diferencia o sangue. E aos poucos vou tirando de minha mente o pensamento de que moro em um bairro monótono. Ah minha cidade...
É no sábado que a vida aparece nua e crua. Nas janelas das casas, no meio da rua, na boca do povo.
CONSTHANSA OLIVEIRA

A falta de sensibilização social

As pessoas há algum tempo atrás se sensibilizavam com a imagem de alguém morto ou ao ver um assassinato em rua ou esquina ficavam chocados. Preferiam não olhar, talvez porque o amor nos corações ainda existisse.
Os anos se passaram e a sociedade foi se banalizando, ficou comum ver mortes, assaltos, violências de todo tipo, uso de drogas, prostituição; tudo isso passou a ser normal.
Estava em um ônibus com um grupo de amigos quando ao longe avistamos uma aglomeração de pessoas a observar um homem estirado no chão todo machucado. Aquele rapaz havia sido atropelado ao atravessar a rua. Pude, então, escutar quando uma mulher, com o semblante, demonstrando decepção, disse de forma banal: “É só um machucadinho de nada! Pensei que estivesse morto!”
Este horror me fuzilou a alma! Parece que os espetáculos da Grécia Antiga agora estão soltos nas nossas ruas.
Para aquela mulher e tantos outros, aquilo era mais um espetáculo do dia-a-dia, e, aquele não merecia muito IBOPE.
As pessoas não se ajudam mais, não se sensibilizam com o seu próximo.
As mortes em Paulista, dizem os laudos técnicos que de 90% de mortes, 50% já se tem conseguido diminuir, mas isso quase não é nada, porque a cada dia morre-se mais pessoas, devido às drogas, bebidas, dentre outros fatores que contribuem para esse absurdo na nossa cidade.

ISAAC MARTINHO - 2C 2010

EREMs, mudança exitosa na minha cidade

Tenho presenciado em meu município mudanças, que julgo serem melhorias na educação do estado, bons. A criação das Escolas de Referência de regime integral e semi-integral, por enquanto, não conseguem abraçar todos os alunos, contudo, esse tipo de escola tem modificado mentes, formando cidadão, valorizando a imagem da educação pública, tão deteriorada nos dias atuais. Mudanças que vêm dando um novo norte para os jovens do nosso estado.
Aqui na nossa cidade, temos a nossa EREM, que vem sendo um dos melhores exemplos do que foi dito acima. Antes de entrar no sistema integral podíamos ver que não havia uma organização, a qual pudéssemos parabenizar.
Hoje vemos diferença até no alimento fornecido, que vem de um restaurante, além de professores maravilhosos e estruturas bem melhores, existe também o interesse do aluno, que muitos julgam que aluno de escola publica não tem condições de ingressar numa faculdade.
A escola de referência, não só a nossa, mas todas as outras trazem ao seu município mudanças que são importantes para a população, que cada vez mais querem que seus filhos estejam numa dessas, escrevo com toda a certeza, pois o que não faltam são comentários sobre “elas” em todas as ruas.

DÉBORA KELLY FREITAS

Mundo veloz

Este mundo, sinceramente, atualmente, gira muito rápido, uma loucura no bom sentido, a rotação da terra se embaralha com a velocidade da vida moderna, com milhões de informações correndo em todos os lados, todo mundo correndo atrás da sua vida profissional, tempo bem curto de descanso para as pessoas e tecnologia avançando dia-a-dia.
Um exemplo bem claro e que eu acordo rapidamente, corro para o banheiro, tomo banho, faço e como o meu café-da-manhã, velozmente, pego minha mochila, encaminho-me para escola... Digo vários ois aos meus amigos e conhecidos. O tempo voa como um avião que voa na velocidade da luz, um trem bala, as aulas percorrem caminhos, professores contam fatos que aconteceram recentemente e os relacionando com os fatos mais antigos.
Eu tenho a impressão que a cada hora ou dia que passa tudo se torna mais rápido, mais dinâmico, com acontecimentos fugazes. Outras vezes, acho que toda essa velocidade nos deixa mais distantes, mais tristes, mais desumanos. E isso gera guerras, sofrimento, fome, a violência urbana que aterroriza milhões de pessoas. Contudo, acho que ainda terá alguma esperança neste mundo louco.

PEDRO RICARDO VALENTINO J. BRAGA SILVA

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dia ruim...

O pior dia de minha vida está sendo esse mísero doze do quatro. Vendo a minha amada com alguém que se faz de gay. A pior coisa que eu posso pensar é que ela pode gostar dele. Aí sim, tudo o que eu ganhei, ou pensei ter ganho, será perdido em poucos instantes. Eu não entendo como a vida pode ser tão “castigadora". Porque depois que eu me declarei ela mudou, começou a usar maquiagem e arrumar os cabelos. Imaginei que ela gostava de mim, mas usou muitos artifícios para me confundir. Nunca soube direito o que fazer. Tentei de tudo para poder conquistá-la e até tive várias oportunidades para me afastar desse amor. Mas nunca tive coragem pra deixar esse amor. Eu me reduzo a nada por não ter ela a meu lado. Eu deixei tudo o que eu tinha pra trás, futuro e dinheiro, pelo simples fato de ter a oportunidade de ver o rosto dela cinco vezes na semana. Ai, como eu amo essa mulher. E também eu me auto-excluo porque a sociedade é injusta.
Allef Adolpho Hawatt de Moraes

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Favela (Artigo)

Desde o Brasil colônia que a desigualdade social é enfática, passando pela escravidão, que se estendeu durante mais de três séculos. Nesse tempo as residências dos negros eram as senzalas. Mais pra frente os quilombos eram locais de refúgio para os escravos fugitivos dos extensos latifúndios. Tudo isso representava a segregação extrema de uma sociedade excludente e patriarcal.
Com a abolição, os emigrantes assumiram o trabalho escravo pelo trabalho assalariado. Por outro lado, os negros agora libertos estavam à mercê da pobreza e continuavam aprisionados à exclusão social.
Tal situação só se fez acentuar ao longo da história do país. Quando da urbanização desenfreada começou a se instaurar a pobreza nas periferias das grandes cidades, formando assim os grandes bolsões de miséria, chamados favelas. Vale ressaltar que esses lugares não eram apenas residências de negros, mas também de pessoas advindas de zonas rurais, dentre outros.
As favelas são, na verdade, amontoados desordenados de gentes cujo crescimento foi de tal forma que sua existência não mais pode ser escondida pelos políticos. Contudo alguns desses, aproveitadores políticos, usam de artimanhas chamadas de políticas públicas, tais como: humanização das favelas, urbanização das favelas e tantos outros como trampolins políticos.
No auge dos avanços tecnológicos e científicos, esses centros geográficos fazem contraste com prédios e mansões dos ricos e poderosos. Isso vem apenas ratificar que esse convívio não está só na geografia das construções, mas também nas vozes que hoje já começam a descer os morros para mostrar que as culturas se misturarão. Mesmo sabendo que os preconceitos denotadores de que os moradores de favelas são os responsáveis por tudo de ruim que acontece nas nossas cidades, tais como: violência, poluição urbana, poluição social, etc.
RICARDO ANTONIO - JUL 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Favela

FAVELA


Perguntei certa vez a uma de minhas turmas se eles sabiam definir “favela”. Uma chuva de respostas me foi dada. Umas sem nem razão pra existir, outras mais conceituais, outras mais subjetivas... Contudo uma me chamou a atenção, quando, um aluno disse que favela era lugar de pobre e marginal. Isso criou um verdadeiro alarido de argumentos. Entretanto, eram argumentos na sua maioria de opiniões favoráveis ao colega. De repente, levantou-se do seu canto uma garota e disse:
- E digo mais, 95% daquele povo lá é marginal!
Isso fez levantar em mim o desejo de esclarecermos esse levantamento tão cruel. Busquei nos números uma tentativa de amenizar os percentuais da garota. Logo lhe fiz uma pergunta:
- Diga-me, quanto é 95% de 100?
Ela olhou para mim, meio que com susto. Haja vista eu não ser seu professor de matemática. E então me tascou:
- Sei lá professor! – falou com certa irreverência, desconhecimento e leve grau de estupidez.
Alguém responde:
- Dá 95, professor!
Toda turma em silêncio olhava para mim como que aguardando o certo ou errado da resposta do Alguém. Mas eu precisava fazer uma caminhada por meio dos conceitos até chegar à resposta dada.
- Sabemos que o conceito dado a favela pode variar de bairro de lata a musseque como costumam denominar essa geografia os angolanos. Sabemos ainda que a palavra tem um teor em si muito pejorativo e, que muita discussão há em torno disso. Contudo o que são conceitos verbais diante da realidade de uma favela.
Áreas degradadas, regiões urbanas de baixa qualidade de vida, falta de infraestrutura, baixo poder aquisitivo, alta taxa de mortalidade, construções instáveis e inadequadas, subdesenvolvimento, bolsões de miséria, expressão maior da desigualdade social, da má distribuição de renda, etc.
Todas as expressões ditas são predicativos pejorativos desses lugares onde vive gente, onde nasce gente, onde principalmente existem pessoas honestas.
Portanto meus queridos alunos, 95% também é uma forma de denegrir a imagem das favelas. E para acrescentar, digo-lhes: se hoje nós tivéssemos esse número de marginais, com certeza, estaríamos em situação muito provável de sermos marginais.
João Cabral diz em seu poema épico Morte e Vida Severina quando Severino Retirante tenta se jogar da Ponte do Pina, área rodeada de favelas e palafitas: “E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena a explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina”.
Não me contive. Li. Li a maior lição de vida em contrapartida da morte já registrada por alguém.
Percebi então que existe discriminação contra negro, índio, pobre, homossexuais, idosos, feios, nordestinos, mulheres, prostitutas e também contra favelas.


Ricardo Antônio – 22/06/2009

domingo, 14 de junho de 2009

PRODUÇÃO DISCENTE


Instante

Estava exausta do trabalho. Sentia dores. Cheguei diante de minha porta. Suspirei. Meu corpo parecia feliz. A cama estava a minha espera, mas minh’alma queria mais. Derrubei a bolsa. Peguei a chave. Entrei. Aquela visão monótona da casa não agradava o espírito. Começava a chover. Me deitei. O frio dava uma sensação aconchegante. Contudo, meus olhos teimavam em não fechar. Percebi que a noite seria longa. Mesmo cansada, o sono não me vinha. Fui à cozinha. Peguei uma xícara de café. O som da chuva me chamou até a janela. Tudo o que eu queria naquele instante era fugir de mim. Expandir para todo o mundo tudo que estava a sentir e, que por um motivo inexplicável, o trabalho me tomara. As lágrimas começavam a correr-me o rosto e se misturava a contemplação daquele momento chuvoso. Tão perto de mim, tão longe dos meus olhos. Por um instante esvaziei a mente como se as lágrimas que rolaram dos meus olhos tivessem levado meus desejos, sonhos, anseios, problemas, tudo. Tudo, enfim, que me perturbava. A xícara esvaziou e sono enfim chegou-me...

Débora Kelly
1º ano A – da Escola de Referência em Ensino Médio Professor Arnaldo Carneiro Leão – Paulista – PE
Junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

domingo, 31 de maio de 2009

CONTO DO MÊS

CONTO DO BOÊMIO

Noite fria, a neblina cobre-se por entre a extensa rua... Hoje parece mais longa e sinuosa, contudo não desisto do meu intento e, a passos desorientados... Sei que chegarei lá...
Por momentos parece que não tenho destino e, que este está a levar-me...
Uma dor, por momentos, envolve-me, logo a embriaguez a faz desaparecer.
E a mulher?... A de casa ou a do cabaré?... A primeira a estampar esse tal de conceito moral; a segunda a ouvir o desabafar das verdades vividas e saciar desejos carnais...
Ah! Minhas Marias! Que Deus as proteja!
A madrugada começa a cochilar, a manhã vem despontando seus primeiros raios de sol, e estes revelam as mais diversas verdades.
Um canto, dois cantos, vários cantos, um galo, dois galos, centenas de galos, tudo se faz ecoar por entre a vizinhança de olhos atentos e línguas ferinas...
Contudo o festival de cantos e luzes avisa que o boêmio, à sua outra realidade, está de volta...


Ricardo Antônio da Silva
Recife, 14 de janeiro de 1989

TIRINHAS

TIRINHAS

DIÁLOGOS RÁPIDOS

DIÁLOGOS RÁPIDOS