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domingo, 31 de maio de 2009

CONTO DO MÊS

CONTO DO BOÊMIO

Noite fria, a neblina cobre-se por entre a extensa rua... Hoje parece mais longa e sinuosa, contudo não desisto do meu intento e, a passos desorientados... Sei que chegarei lá...
Por momentos parece que não tenho destino e, que este está a levar-me...
Uma dor, por momentos, envolve-me, logo a embriaguez a faz desaparecer.
E a mulher?... A de casa ou a do cabaré?... A primeira a estampar esse tal de conceito moral; a segunda a ouvir o desabafar das verdades vividas e saciar desejos carnais...
Ah! Minhas Marias! Que Deus as proteja!
A madrugada começa a cochilar, a manhã vem despontando seus primeiros raios de sol, e estes revelam as mais diversas verdades.
Um canto, dois cantos, vários cantos, um galo, dois galos, centenas de galos, tudo se faz ecoar por entre a vizinhança de olhos atentos e línguas ferinas...
Contudo o festival de cantos e luzes avisa que o boêmio, à sua outra realidade, está de volta...


Ricardo Antônio da Silva
Recife, 14 de janeiro de 1989

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