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sexta-feira, 22 de maio de 2009

A ARTE DISCENTE

COCA-COLA COMUNISTA

Certo dia, numa roda de amigos, conversávamos sobre tudo: de novela a política. O amigo leitor pode até ter a opinião de que um punha do de adolescentes juntos, certamente, estariam tramando alguma conspiração contra a ordem pública, o, na melhor das hipóteses, dedicando-se ao ilustre ofício do ócio.
Mas, devo discordar do caríssimo interlocutor. Nós, embora adolescentes, não conspirávamos, tampouco vadiávamos. Dialogávamos a respeito de inúmeros temas, dentre eles, regimes sócio-econônicos.
Há quanto tempo o leitor não trata de assuntos tão importantes assim?! Está precisando conversar com adolescentes!
Um de meus amigos, presentes na roda, se mostrava radicalmente contra o capitalismo, esse sistema que visa o lucro, a propriedade privada, a não intervenção do Estado na economia, o tão conhecido: “cada um por si”.
Devo confessar que também não sou adepta a esse sistema egoísta, coluna principal da desigualdade social, mas, meu amigo era incomensuravelmente (procurei uma palavra tão grande quanto seu sentimento) anticapitalista.
Sabe-se que é impossível falar desse já citado regime sem associá-lo a um certo país, símbolo capitalista.
Eram os Estados Unidos, motivo maior do ódio de meu amigo, sentimento este que era expelido através de inúmeros xingamentos impublicáveis. Que o Tio Sam não nos ouça.
Involuído, repressor, autoritário, tirano, hipócrita, imperialista, arrogante, megalomaníaco, são alguns dos adjetivos publicáveis, usados por ele para designar o tão bem amado país.
Até aí tudo bem, apenas um rapaz expressando sua opinião a respeito de um regime e um país; se não fosse pelo sutil fato de naquele momento, ele se encontrar bebendo coca-cola, calçando um all star e fumando um hollywood.
Quem nunca foi hipócrita sem ao menos perceber? Defendendo obras que não praticamos, condenamos atitudes que constantemente tomamos.
O ser humano é altamente contraditório com relação àquilo em que acredita. A mídia, a moda e as outras pessoas influenciam-nos, e isto acaba gerando uma certa instabilidade comportamental, o que não deixa de ser positivo para o nosso crescimento intelectual e moral. Reconhecer um erro pode ser o primeiro passo para uma sociedade menos intolerante.
No demais, falamos para o nosso amigo que ele estava se contradizendo com seus próprios atos, e ele, meio envergonhado, continuou:
- Bom, como eu estava dizendo, os Estados Unidos não são tão maus assim...


DADOS:
ALUNA: DIANA MARIA DE SANTANA
ESCOLA COMPOSITOR ANTÔNIO MARIA
3ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO - 2005
PROFESSOR: RICARDO ANTÔNIO DA SILVA

Um comentário:

  1. Tio Ricardo essa sua aluna tem muita razão e inteligencia, muitas vezes nos falamos mal do Estados Unidos por que é mestre no capitalismo e o que nós mais bebemos é a Cola-Cola que é original de lá muito engraçado e enteressante esse artigo.

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